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Mas esse aí é o S Pedro!!

A foto  é de um recluso senhor alemão que viveu no Brasil entre  1969 e 1979, vindo a falecer afogado em uma praia de Bertioga,  “seu Pedro”. Hum... e???? E aí que, em qualquer pesquisa no Google,  essa é uma das primeiras fotos  mostradas quando o assunto a ser pesquisado é Joseph Mengele. Pra quem não sabe, o famoso Anjo da Morte de Hitler, “médico” que realizava aterradoras experiências com prisioneiros vivos em Auschwitz, tendo sido procurado pela justiça alemã como um criminoso de guerra. Como Mengele virou “seu Pedro”? Bom, a história é meio longa, mas após a fuga da Alemanha derrotada no final da 2ª Guerra, Mengele encontrou asilo na Argentina, onde viveu por alguns anos até que a polícia alemã encontrou fortes pistas de seu paradeiro. Após passar por Paraguai, seu Pedro finalmente chegou ao Brasil. O nome, na verdade, provém de um outro senhor, Peter Gerhard, alguém que aparentemente lhe “emprestou” a identidade como forma de auxílio. Dentre outras localidades, Mengele viveu em um sítio em Caieiras (30 Km de São Paulo – informação que, a propósito, não tinha conhecimento e que me causou surpresa suficiente para escrever esse artigo, pois moro em Francisco Morato). Falando em auxílio, não é preciso esmiuçar muito para afirmar que Mengele teve auxílio de alguns (ou muitos) não só na Argentina, mas também no Brasil, a ponto de nunca ter sido encontrado pela polícia alemã. 
Da esquerda para dir.: Dr. Josef Mengele, Rudolf Höss, Josef Kramer e oficial desconhecido.
[United States Holocaust Memorial Museum #34755]
Mengele faleceu por afogamento numa praia de Bertioga em 1979, onde a comprovação de sua identidade se deu por uma exumação. Dizem, e eu acredito, que a guerra traz à tona o melhor e o pior do ser humano. Não vou contestar aqui o tamanho do sofrimento que esta pessoa causou à outras pessoas, mas também acho inevitável citar que, a curiosidade que eu tenho (e que com certeza muitos têm) em saber os detalhes e circunstâncias da vida de alguém como Mengele é tão grande quanto o espanto que tenho diante dos horrores da 2ª Guerra. A fala da irmã Georgette, presidente da Insituição Casa das Crianças, em Assis, que abrigou Mengele por 5 meses alguns anos antes de sua morte, exemplifica bem o que disse anteriormente: “É difícil acreditar que ele fez tudo isso de mau, pois também fez muita coisa de bom”. 

Meu questionamento se resume a quanto de maldade pode emergir de um ser humano, e o que é necessário para propiciar essa manifestação.  Provavelmente o próprio Mengele não imaginou que fosse morrer de uma forma tão frágil, o que me faz concluir que no final das contas somos todos tão frágeis e consequentemente tão similares quanto qualquer outro ser humano, o que por conseguinte me leva à conclusão de que situações como guerras mundiais e toda sua malevolência são provas inquestionáveis da idiotice e da primitividade humana.


Fontes:
rodrigoenok.blogspot.com
        wikipedia.org

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