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Olha lá o Zé !!

José Dirceu,  aparece em foto na capa da Folha de São Paulo junto com Lula e Dilma, dando risada da nossas caras e recebendo aplausos de mais de 2000 petistas.


“A Dilma pode ser comparada a uma tartaruga em cima de um poste”. Me lembro que, pouco antes das eleições, li essa frase em algum conto político em algum site, e desde sua eleição até os atuais momentos em que testemunhamos cenas que são verdadeiras declarações escancaradas contra o bom senso (foto do trio Lula, Dirceu e Dilma no congresso do PT), a imagem de uma tartaruga em cima de um poste não poderia ser mais condizente. Como a tartaruga chegou lá? Foi colocada, é óbvio. Mas como ela vai descer de lá? Não vai, a não ser que alguém a empurre com algum objeto que seja alto o suficiente. Tadinha, ela fica mexendo as patinhas mas não vai conseguir ir pra nenhum lado... Deixando um pouco de lado a questão da origem política de Dilma Roussef, é incrível perceber que, quando o assunto são os chegados e a “compadrinhada” toda do pres... quer dizer, do ex-presidente Lula, à presidente cabe apenas assisitir e participar da festa petista. Quando vi as fotos na Folha de São Paulo, pensei “como diabos alguém (entre os milhares de assessores, marketeiros e conselheiros que a Sra Dilma deve dispor) pode concordar com uma aparição dessas?” 
José Dirceu hoje é a representação perfeita do sujeito que vive às margens de tudo o que atinge o resto da população, à margem inclusive do poder, onde em situações como a foto do trio no congresso petista temos a sensação que Zé Dirceu é o próprio poder. A razoabilidade prega (ria) que, num cenário político em que um braço direito de um presidente se vê envolvido em casos como o do Mensalão, onde posteriormente a mais alta instância do poder judiciário acata denúnica por formação de quadrilha, que este ser humano deva ao menos retirar-se (pelo menos enquanto aguarda seu julgamento) do tal cenário político, de forma a preservar os que restaram.
Mas hoje, estamos em um patamar em que, personagens como José Dirceu, Delúbio Soares, Antonio Palocci e cia. limitada são tão certos de sua onipotência, de sua infalibilidade, de sua certeza de que nunca precisarão acordar um dia sequer em um presídio, que nos permite nos depararmos com cenas como a citada anteriormente. E o Zé ainda está rindo. Muito provavelmente da nossa cara. Mas provavelmente o maior combustível dessa prepotência toda é a completa alienação de toda uma população que vive sob o lema de “o que é meu é meu e o que é público é do governo”, mal sabem que o tal governo não deveria ser nada mais do que uma extensão da população. Mas partindo do princípio que os nossos legisladores e governantes são nossos representantes, e como tal exercem o papel de representar não apenas direitos, mas ser uma representação de interesses também, não é difícil adivinhar que tipo de representante um grupo de pessoas que ainda não aprendeu a jogar lixo no lixo; que não aprendeu a dar passagem (esteja a pé ou em um veículo); que precisa de leis e regulamentações que lhe obriguem a dar preferência para pessoas com dificuldade de locomoção e que acha que democracia é poder entrar de micro saia em uma universidade vai ter. A conclusão é que, de certa forma, estamos rodeados de Zés Dirceus, ao lado da presidente, do cara finge que dorme quando a grávida vem em sua direção, na moça que joga o pacote de salgadinho pela janela do ônibus, no rapaz que, ao perceber que recebeu troco a mais pensa que o dono do supermercado é muito rico e não lhe fará falta, no motorista que ao se aproximar da faixa de pedestre apenas desacelera, mas não pára. Todos concordamos que “o exemplo vem de cima”, mas acredito que se algum dia esse país quiser alcançar algum grau de decência, vai ter que ser pelo exemplo que vem de baixo, pelo exemplo que vem de 190 milhões de pessoas, pois é esse “de baixo” que custeia não só a manutenção de seus representantes, mas também custeia a farra de dinheiro que fazem os chupins espalhados em todas as esferas do governo, mas que por enquanto estão deitados no berço esplêndido da inércia de seu próprio país. 

Texto: Luciene Antero

2 comentários:

  1. Tam tam tam, tem algodão docee? Temmm...tem pipoca??? Temmm....tem palhaçada?? Tem, sim senhor... o show quem faz são eles, o dinheiro... pertence a eles, ...e ao contrário do que se deve acontecer, são os apresentadores que se divertem muito... com os verdadeiros palhaços da platéia... até quando isso???

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  2. Sou graduado em direito e, em um destes trabalhos de metodologia, a professora entendeu como tema de preparação "a cura para a corrupção".

    Quando citei em meu texto que, para curar a corrupção de um país, precisaríamos primeiro curar a corrupção dentro de nós mesmos e de nossas famílias, ela riu de mim e disse que me daria a média apenas para que eu não ficasse de exame.

    Sinceramente, penso que não adianta tentar conscientizar uma população que tem preguiça de pensar, que prefere o conforto do lar e assistir novela do que simplesmente sair para fazer um protesto (sempre pacífico, nada de quebra quebra como as greves promovidas pelos sindicatos parceiros do atual governo)!

    Nosso povo só vai acordar mesmo, quando começar a doer no bolso, quando faltar comida na mesa e simplesmente não tiver de onde nem como ganhar uma "graninha extra ou um "por fora"!

    Mas espera... isso já está acontecendo... bons e maus estão começando a ficar sem crédito, sem dinheiro! A ilusão está acabando desses 12 anos de desgoverno.

    Espero que esteja nascendo uma revolução... mas talvez isso seja apenas um sonho!!!

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